20 de jan. de 2011

Fazendo o bem e olhando a quem

Esse aí, se doar um mês de salário, dá pra fazer outra cidade de Friburgo

Apesar do meu colesterol estar lá na casa do cacete e de eu estar até a tampa de dívidas, não posso deixar de concluir que o meu perrengue é absolutamente irrelevante perto do que passa o povo da região serrana do Rio numa hora dessas. Bem ou mal, aqui em casa estamos todos vivos, saudáveis e com teto novo, mesmo sabendo que ainda vamos levar uns 250 anos pra acabar de pagar.
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Pra não ficar só daqui lamentando, evidentemente já cuidamos de levantar o traseiro do sofá pra fazer alguma coisa. A doação foi modesta. Afinal, a situação financeira no pântano não é das mais confortáveis por conta das dívidas recém-adquiridas, mas ninguém vai ficar (ainda) mais pobre por conta de alguns quilos de arroz ou feijão ou algumas garrafas de água mineral. E se ficar, ainda tem uma coisa simples para ajudar que você, muitas vezes já faz de graça: sangrar. Na impossibilidade de doar qualquer coisa, você pode doar sangue, pelo menos. Simples assim.
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Tomei a liberdade de disponibilizar para a rapaziada que nos visita um link do Urublog, aonde o Arthur Muhlenberg, blogueiro do Flamengo no Globo Esporte, enumera uma lista de contas bancárias aonde se pode contribuir com dinheiro. Nos comentários, o pessoal também cita instituições que recebem e repassam donativos, é só ir lendo. E dar um desconto nos comentários raivosos de alguns gremistas furiosos pela contratação do Ronaldinho Gaúcho.
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E, por fim, não custa lembrar, procure se informar sobre o destino dado às suas doações. Aqui no Rio, essa semana, já prenderam uma dupla de safardanas, mequetrefes, ladravazes, meliantes, bostas-de-cobra levando pra casa uma caminhonete abarrotada de donativos. Enfim, é fazer o contrário do que manda o ditado popular: fazei o bem e olhai a quem, atentamente.
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4 comentários:

Cris Medeiros disse...

Oi querido! Bem... Eu não ando nada bem na minha vida pessoal, numa daquelas crises existenciais brabas que só acontecem de 10 em 10 anos... eheheh... Claro que tenho meus motivos, mas quando vejo a tragédia da Região Serrana, realmente percebo que minha vida está boa, apesar de eu não me sentir assim.

Acho que todos nós devemos fazer um pouco que seja, somos milhões e se cada um fizer um pouquinho a ajuda fica enorme.

Não sou adepta de depositar dinheiro em contas, a não ser que conheça bem a conta de quem estou depositando. Sou hiper desconfiada de natureza, não confio na honestidade do brasileiro anônimo e prefiro doar alimentos diretamente. Porque se almentos estão sendo desviados por gente safada, imagina dinheiro numa conta?

Estou fazendo minha parte pequena, mas sinto sempre que deveria fazer mais. A tragédia tem uma extensão muito maior do que se fala na imprensa. Tenho uma conhecida que mora Nova Friburgo e me conta por tel o desespero das pessoas. É algo que me faz pensar o dia todo. Pensar em como a vida pode de um momento para outro se tornar um inferno. Essa minha amiga diz que o clima lá é de guerra mesmo.

Beijocas

Sâmia disse...

bosta-de-cobra? vou anotar essa.

яαiℓezα disse...

Adoorei o post, como todos os outros!
Beijos

BR musicas disse...

Muito bom o post, é sempro os que tem menos que estão ajudando.
Desigualdade, a gente vê por aqui!!!