2 de mai. de 2011

O post inevitável


O Flamengo ganha do Vasco e o coração ganha do fígado
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Não adianta. Tem horas que os meus ouvidos, mesmo criados a base de Noel Rosa e Pixinguinha, precisam de um pancadão. Por mais que muita gente não queira admitir, as pessoas gostam de funk mais do que elas imaginam. Temos que, forçosamente, reconhecer que poucos ritmos são tão apropriados para meter o pé na jaca quanto o bom e velho funk carioca.

Todo mundo aqui já deve ter presenciado a bagaceira que toma conta de qualquer festa de casamento ou de quinze anos quando, na alta madrugada, toda a birita consumida pelos convidados atinge o ápice da curva do gráfico e o DJ bota pra tocar um troço desses. Já vi muita noiva, madrinha e até mãe de noiva fazer semi-striptease em cima de mesa de festa ao som dessas coisas. Todo mundo já deve ter presenciado alguma performance bizarra nesse momento crucial da festa, em que a caipirinha sobe pra cabeça e o funk desce pro quadril. É foda. A ressaca subsequente costuma ficar ainda pior por causa das lembranças do ridículo.

O meu acervo pessoal de registros desse tipo ganhou um senhor acréscimo na tarde de ontem. Quando o Thiago Neves converteu o último pênalti, que deu o título estadual ao Flamengo eu assisti ao tosco espetáculo protagonizado por um grupo de marmanjos de meia-idade (alguns de idade inteira) que saiu a dançar o Bonde do Mengão sem freio entre as mesas do boteco onde eu assisti ao jogo. Adornado por fantasias rídiculas (como chapéus de urubu e perucas black power) e barrigas protuberantes, o grupo não quis saber de convenções sociais e ainda saiu a cantar e dançar pela calçada em frente, ganhando adesões enquanto evoluía.

É claro que, a essa hora, eu já tinha me juntado aos cachaceiros supracitados. Pena que a conta dessa alegria toda já chegou na manhã dessa segunda-feira, na forma de uma ressaca inimaginável. O pior é que eu nem posso procurar o meu médico. Afinal, ele era uma dos mais animados puxadores do bonde na tarde de ontem. deve estar pior do que eu. Ou melhor, nem sei.



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17 de abr. de 2011

Blame It On The Ogro


Acredite, o Michael Jackson já foi dessa cor
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Sinceramente, é fim de semana, tem um feriadão chegando por aí e o Mengão está já está nas semifinais da Taça Rio. Então parceiro, não tem com o que se preocupar.

Em teoria, a maré não estaria exatamente pra peixe. Meu cheque especial está me encalacrando, estou preso nele igual àquelas vítimas do Jigsaw em Jogos Mortais. O chicote do chefe no trabalho está mais pesado do que nunca, eu nem tenho tido tempo de passar no botequim para aquela cerveja habitual com a rapaziada.

É claro que eu também não me ajudo. Não tenho seguido as recomendações médicas, apesar das reclamações da Dona Patroa, que está uma fera comigo. Deixei um montão de compromissos profissionais para a última hora, o que tornou tudo ainda mais estressante. E, linguarudo que sou, ainda achei de fazer uma brincadeira (que depois eu vi que não teve menor graça) com uma grande amiga, que me passou uma carraspana monumental em resposta. Sem falar naquela desgraça toda que aconteceu no colégio em Realengo. Foram dias para se esquecer.

Mas como eu já disse, o feriado vem aí, e a festa do São Jorge, santo guerreiro, também. Então o negócio é repirar um pouco, abrir uma gelada e curtir um som. Aí vai uma do bom e velho Michael, ainda negão e ainda cantando nos Jackson 5. Balanço fuderoso, com a molecada afinadíssima. O resto, depois a gente vê como é que fica.

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3 de abr. de 2011

O metrofóbico


E você ainda fala mal de quem vota no Tiririca
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O pior é que eu já ouvi gente dizer que eu sou machista e homofóbico por causa de uma meia dúzia de piadinhas que eu já soltei aqui nesse blog. Machismo, homofobia e racismo é com o sujeito do vídeo aí de cima, fala sério. Pelo contrário, eu sempre deixei claro que aqui valem os mesmos princípios do botequim: liberdade, democracia, respeito às diferenças, bom papo e cerveja boa e gelada, embora essa última não dê pra enviar on-line.*

É óbvio que teve gente pensando besteira a meu respeito por causa de uma posição que eu sempre deixei muita clara, no blog e fora dele: Eu abomino frescura. Note bem que o termo "frescura" aqui refere-se a essa crisitianoronaldização generalizada que assola o mundo moderno, essa escala de valores absolutamente surtada, em que uma roupa de grife ou um abdômen definido valem mais do que ter um bom papo. Trocando em miúdos, é a frescura como vaidade excessiva e preocupação com bobagens. Um triste fenômeno que, infelizmente, ataca homens e mulheres, de qualquer orientação sexual.
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Como eu já disse antes, meu problema não é com os homossexuais, mas sim com os metrossexuais.

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9 de mar. de 2011

A lógica do supermercado

Toma, seu vacilão, você e as tuas letrinhas de comentário!

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Já percebi que todo mundo que tem blogs, em algum momento, posta alguma coisa sobre sua relação com o próprio blog e outros blogs em geral. Até porque a esmagadora maioria dos visitantes também é blogueira. De minha parte, eu sempre procurei seguir os conselhos desses consultores de etiqueta que dizem que o espaço virtual tem que ser tratado como o espaço real. Em suma, meu blog tem que ser como a minha casa: com alguma arrumação, bom papo e bom ambiente, de preferência com alguma coisa boa para oferecer. Não ambiciono ter um bilhão de leitores, mas os poucos que vierem têm que se sentir em casa.
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Aos convidados, as abobrinhas nos comentários são livres, mas, assim como na nossa casa real, quem faltar com o respeito leva um pé 44 nos fundilhos e é convidado a dirigir-se ao olho da rua. Por outro lado, quem sabe chegar é bem recebido e tem a visita devidamente retribuída, dentro das limitações de tempo do Ogro aqui. E o que vale para o meu blog vale para o blog alheio. Procuro chegar em outros blogs no sapatinho, com gentileza e com alguma coisa a somar ao assunto em questão, por mais viajante na maionese que ele seja.
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Tive a preocupação de deixar claras as regras que eu sigo no trato disso aqui por conta de uma blogueira a quem eu amo de paixão, a Dama de Cinzas, que me saiu uma tremenda ativista virtual. Devia estar na Líbia, ajudando a derrubar o Kadaffi. Ela, junto com outros blogueiros amigos, sempre fez insistentes campanhas contra a mania feia que eu tinha, e muitos blogueiros ainda têm, de pedir aquelas letrinhas de confirmação que têm que ser digitadas por quem deixa comentários.
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É claro que eu, ao manter as letrinhas por tanto tempo, não estava querendo encher o saco de ninguém. Eu estava apenas buscando uma maneira de não receber tantos comentários que começassem com a expressão enlarge your penis. Por alguma razão que eu ainda não descobri, eu devo ser o maior recebedor de spam da face da terra. A caixa de comentários do meu blog e o meu e-mail andam sempre cheios de mensagens que oferecem ganhos milionários no pôquer on-line, anabolizantes ou remédios para a disfunção erétil.
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Fora isso, ainda tem todos os links para sites pornográficos, muitas vezes na mesma mensagem que os anteriores. O que não deixa de ter uma certa lógica, apesar da bizarrice. Se o cara é um pobretão fracote, meio broxa e de pau pequeno, é óbvio que ele não está comendo ninguém. É a mesma lógica do supermercado, que bota carvão e sal grosso na prateleira ao lado da sessão de açougue.
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O fato é que, atendendo a uma sugestão da nossa divina Dama (salve Cartola!), as letras estão abolidas para todo o sempre. Quanto às mensagens de propaganda, eu vou moderando pelos links que chegam no meu e-mail. E, a partir de agora, quem tiver algum interesse em tornar o meu pênis maior vai ter que vir até aqui, pessoalmente.
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26 de fev. de 2011

O tempo é o senhor da razão, mas não do meu guarda-roupa

Jogar fora? De jeito nenhum, ainda dá pra usar!
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Vivendo e aprendendo. A gente já se acostumou com aquele senso comum segundo o qual as mulheres, por conta da eterna vaidade feminina, ligam muito mais para roupas e sapatos e blá-blá-blá. Só que o Ogro aqui, ao longo dessa semana, acabou fazendo (mais) uma descoberta que pode revolucionar a maneira como encaramos os relacionamentos. Descobri que quem gosta de roupa, mesmo, é homem.
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Cheguei a esta conclusão ao ver Dona Patroa promovendo uma verdadeira devassa, quase uma operação da Polícia Federal, dentro da sua banda do armário. Voavam de lá de dentro roupas que eu não via há anos e mesmo algumas que eu nem sabia que ela tinha, além de outras que nem ela mesma sabia que tinha. Algumas, em bom estado, formavam uma pilha para servir de donativos a algum orfanato ou para as vítimas da chuva. Outra pilha, com as mais danificadas, iria para a reciclagem. Uma amiga dela, responsável por fazer as fantasias de um bloco carnavalesco aqui da região iria reaproveitá-las, não me perguntem como.
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Os critérios para determinar que roupas continuavam na casa e que roupas iriam para o paredão também eram bastante discutíveis. "Essa está muito velha" ou "Essa me deixa gorda", ou "Essa já saiu de moda há muito tempo, ninguém mais usa isso" eram os bordões repetidos antes da peça em questão ir para a sua pilha de destino.
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Acho isso meio cruel. Mas eu sou suspeito pra falar. No exato momento em que eu escrevo isso aqui, estou vestindo uma antiga camisa da Adidas, do Flamengo campeão brasileiro de 1987, título recentemente reconhecido pela CBF, com um atraso de quase 24 anos. Evidentemente, não posso lançar mão dos mesmos critérios utilizados por minha cara-metade. Essa camisa me deixa mais gordo? Lógico que sim, eu a comprei quando ainda era um adolescente, ela está vários números abaixo do que eu visto hoje. Além disso ela me deixa mais velho pela sua própria referência histórica. E pelo desbotamento. O vermelho e o preto da camisa estão tão anêmicos que ela mais parece uma camisa da Mangueira, com o vermelho já meio rosado e o preto caminhando a passos largos para um verde-escuro. Além é claro dela me fazer parecer ainda mais pobre, com rasgos e remendos aqui e ali, inclusive um furo medonho embaixo do braço, do qual eu me lembro sempre que comemoro um gol.
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Mais ai do cidadão que cogitar jogá-la fora. Isso já provocou até um princípio de crise, quando flagrei a Dona Patroa e a sua sogra, a Mamãe Ogra, cochichando pelos cantos, planejando jogar a camisa fora durante uma viagem que eu iria fazer a trabalho. Uma autêntica conspiração, parecia que estavam tramando um assassinato. E, de certa forma, estavam.
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Evidentemente aquilo não é só uma peça de roupa. Ela tem história, esteve comigo em muitos momentos felizes. Na final do Brasileiro de 92 contra o Botafogo, no gol do Pet que nos deu o tricampeonato em 2001 e no jogo que o Adriano matou a pau contra o Coritiba no segundo turno de 2009. A ligação dos homens com suas roupas é afetiva, e não meramente utilitária como a das mulheres com o seu guarda-roupa.
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Fico pensando se chegam aqui em casa aquela modelo magrela e aquele estilista afetado que apresentam o tal do Esquadrão da Moda, programa de tv a que Dona Patroa, costuma, esporadicamente dar uma olhada. Vai que o engraçadinho mete a mão na minha camisa pra jogar fora, dizendo que ela é feia ou cafona. Putz, não quero nem imaginar, vai levar uma mãozada no pé da orelha que vai deixá-lo um mês sem escutar Village People.
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O pior é que amanhã tem final da Taça Guanabara. É melhor eu tirar a camisa e botar logo pra lavar. Afinal, ela tem que estar seca até amanhã, para alegria da nação rubro-negra, mesmo que a camisa esteja quase verde-rosa.
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12 de fev. de 2011

O primeiro musical a gente nunca esquece

O pior é cego é o que não quer ouvir Ray Charles

O lado bom de se ter a televisão como opção única é que você, forçosamente, acaba encontrando alguma coisa boa pra ver. Forçado a manter um ajuste fiscal doméstico por conta da compra da casa nova, tive que dar um tempo nos teatros e cinemas a que eu costumava levar a Dona Patroa regularmente. Mas, para minha grata surpresa, eu acabei descobrindo que a TV nesses dias não está sendo uma derrota total, graças a Deus. Eu jurava que só me restariam os Cds para fugir do Big Brother, que é cada vez mais onipresente.
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Eis que numa madrugada insone eu topo com uma verdadeira jóia na HBO, um dos muitos filmes que marcaram a minha infância cada vez mais distante, lá nos anos 80. Aliás, ver filmes dos anos 80 na TV a cabo nos finais de semana é o que está me fazendo esquecer dos juros tresloucados do meu cheque especial. É um tal de Karatê Kid pra lá e Curtindo a vida adoidado pra cá que eu até consigo olhar para a TV sem fazer a conta mental de quantas prestações faltam para eu acabar de pagá-la.
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Mas a jóia a que eu me refiro é um musical, talvez o primeiro a que eu assisti a vida inteira e, pra ser sincero, um dos poucos de que eu gostei. É o cultuado The Blues Brothers (Os irmãos cara-de-pau, no título abrasileirado), com Dan Aykroyd e John Belushi.
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A sinopse é bastante conhecida. Era uma vez dois irmãos que, depois que um deles sai da cadeia, buscam uma maneira de impedir o fechamento do orfanato em que cresceram e que enfrenta dificuldades financeiras. Durante um culto evangélico, o ex-presidiário tem uma revelação: A melhor maneira de arrumar a grana que pode salvar o orfanato é reunir a antiga banda que eles tinham (os Blues brothers do título) para uma apresentação. E tome participações especiais e números musicais fuderosos ao longo da jornada dos dois para reencontrar o grupo. Aparecem e cantam no filme, entre outros astros do R&B, Ray Charles, Aretha Franklin e ele, o cara , o mestre, o escolhido que andou entre nós, o maior de todos, o pica das galáxias, James Brown. Putz, as meninas desculpem o linguajar do Ogro aqui, mas não dá pra definir de outra forma: é, simplesmente, do caralho.
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E olha que eu nem falei dos dois protagonistas, que demonstram entender bastante do riscado. Os dois atores tocam e cantam bem e ainda ensaiam umas dancinhas absurdamente toscas, principalmente no número final, não dá pra não rir.
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Ao fim de tudo, foi inevitável não pensar em uma coisa: Se os filmes eram tão bons, se eu não tinha dívidas e, se o Flamengo ganhava absolutamente tudo, por que os anos 80 tinham que acabar?!
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31 de jan. de 2011

Vacas gordas, jogadores magros e vice-versa

É, parceiro, fica pra próxima
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Há determinados espetáculos, que, por sua própria natureza, podem funcionar em qualquer forma de apresentação. A exceção daquelas superproduções, cheias de efeitos especiais, um bom filme, com bom roteiro, pode ser bem assistido numa boa tanto no cinema quanto na TV a cabo no aconchego do lar. Um bom show de MPB também pode ser transposto para o DVD sem muito prejuízo.
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Há no entanto, dois eventos que eu sempre considerei outra coisa quando assistidos pela TV. Dois eventos que eu sempre fiz questão de assistir in loco, ao vivo e a cores, ainda que a um custo financeiro um pouco além do que recomenda a minha realidade orçamentária: Jogos de futebol e desfile das escolas de samba.
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Digo isso porque são dois eventos que exigem muita emoção além da qualidade técnica e envolvem tantos diferentes detalhes que, pela televisão, você sempre estará perdendo alguma coisa. São acontecimentos que você não assiste somente, mas toma parte. Que você canta, dança, grita, comemora e xinga, dando vazão a sentimentos muito básicos, que você pode até externar em casa diante da TV, mas sem o mesmo impacto e com possibilidade de reclamação de Dona Patroa e/ou dos vizinhos.
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Como bem sabem os amigos mais assíduos, assumi uma mega-responsabilidade nos últimos meses. Entrei numas de mandar o condomínio às favas e saí do apartamento para morar numa casinha branca de varanda com quintal e uma janela só pra ver o sol nascer. Não satisfeito, ainda arrumei uma cadela que é uma graça, mas cujo tamanho eu avaliei mal. Não imaginei que aquela pequena bola de pêlo chorona ia se transformar, em menos de cinco meses, num mastodonte, que come toneladas de ração e ainda enriquece a dieta com meias, sapatos, pregadores, controles-remotos, almofadas e mangueiras de jardim, entre outros utensílios domésticos, para os quais a Casa & Video não oferece garantia estendida.
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Em suma, estamos vivendo tempos de arrocho fiscal doméstico, o que ficou evidente na triste conclusão de que o Carnaval 2011, na tela da tv, no meio desse povo, a gente só vai ver na Globo. Com exceção de um pequeno bloco dos amigos lá de Madureira e do desfile das escolas de samba mirins, mas esse não se pode chamar de lazer, já que o Ogro aqui trabalha na organização do evento.
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E, pior de tudo, eu ainda terei que assistir pela TV a estréia do moço aí da foto, mesmo com o estádio sendo quase do lado da minha casa. O negócio é torcer para que o rapaz continue ralando nos treinos e mantenha boa forma física, continuando magro enquanto as vacas engordam, já que, aqui no pântano, vivemos tempos de vacas anoréxicas.
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20 de jan. de 2011

Fazendo o bem e olhando a quem

Esse aí, se doar um mês de salário, dá pra fazer outra cidade de Friburgo

Apesar do meu colesterol estar lá na casa do cacete e de eu estar até a tampa de dívidas, não posso deixar de concluir que o meu perrengue é absolutamente irrelevante perto do que passa o povo da região serrana do Rio numa hora dessas. Bem ou mal, aqui em casa estamos todos vivos, saudáveis e com teto novo, mesmo sabendo que ainda vamos levar uns 250 anos pra acabar de pagar.
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Pra não ficar só daqui lamentando, evidentemente já cuidamos de levantar o traseiro do sofá pra fazer alguma coisa. A doação foi modesta. Afinal, a situação financeira no pântano não é das mais confortáveis por conta das dívidas recém-adquiridas, mas ninguém vai ficar (ainda) mais pobre por conta de alguns quilos de arroz ou feijão ou algumas garrafas de água mineral. E se ficar, ainda tem uma coisa simples para ajudar que você, muitas vezes já faz de graça: sangrar. Na impossibilidade de doar qualquer coisa, você pode doar sangue, pelo menos. Simples assim.
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Tomei a liberdade de disponibilizar para a rapaziada que nos visita um link do Urublog, aonde o Arthur Muhlenberg, blogueiro do Flamengo no Globo Esporte, enumera uma lista de contas bancárias aonde se pode contribuir com dinheiro. Nos comentários, o pessoal também cita instituições que recebem e repassam donativos, é só ir lendo. E dar um desconto nos comentários raivosos de alguns gremistas furiosos pela contratação do Ronaldinho Gaúcho.
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E, por fim, não custa lembrar, procure se informar sobre o destino dado às suas doações. Aqui no Rio, essa semana, já prenderam uma dupla de safardanas, mequetrefes, ladravazes, meliantes, bostas-de-cobra levando pra casa uma caminhonete abarrotada de donativos. Enfim, é fazer o contrário do que manda o ditado popular: fazei o bem e olhai a quem, atentamente.
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10 de jan. de 2011

Casinha branca de varanda

O lar de um homem é o seu castelo

É, meus amigos, que saudade doida disso aqui. Antes de mais nada, eu volto agradecendo ao pessoal que, mesmo depois de meses sem eu dar as caras por essas bandas, ainda manda mensagens das mais carinhosas perguntando pelo Ogro aqui.

A razão do sumiço foi das mais prosaicas. Embora o endereço virtual continue o mesmo, o endereço físico mudou. Sabe como é, eu e Dona Patroa temos planos de aumentar a família, o que exigiria um lugar com um pouco mais de espaço. Como na música de Gilson e Joran, adquirimos nossa casinha branca de varanda com quintal e uma janela só pra ver o sol nascer. Chega de apartamento.

E o kit ficou completo, com direito a varandinha, quintal e cachorro, uma beleza. Pena que eu só vou acabar de pagar por ela quando os filhos que eu ainda nem tenho deixarem a puberdade.

Em meio a todo o processo de venda do apê, compra da casa, obras e mudança, o pântano virtual ficou em segundo plano, evidentemente. Mas agora estamos aí, com planos de ficar por muito tempo. Brevemente o cafofo estará em plenas condições de reunir a rapaziada para bater um papo, tomar uma gelada e assar uma carne. Aí, ninguém me segura.
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9 de jan. de 2011

Eu voltei



Postagem mais auto explicativa, impossível.